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Crianças ou monstrinhos?

Uma revista cientifica, The Journal of Child Psychology and Psychiatry publicou um artigo que conclui que nada menos de 98% das crianças com menos de dez anos de idade são sociopatas por critérios adultos. Não sentem remorso e se dedicam aos seus interesses egocêntricos e ao seu prazer.

Quem afirma isso é  Leonard Mateo, da University of Minnesota da corrente chamada de Psicologia Evolutiva que propõe a existência de mudanças significativas no comportamento social durante as várias etapas da vida. O comportamento social e o altruísmo seriam desenvolvidos não nasceríamos com eles. Crianças usariam e explorariam os adultos sem qualquer remorso para obter uma gratificação, seja um brinquedo ou um sorvete. De acordo com Mateo, essa “desordem social” é marcada por uma total falta de empatia e que crianças e jovens adolescentes se dedicam a satisfazer suas necessidades e buscam apenas seu prazer sem preocupação com o mal que podem causar a outros.

Há um teste chamado de Hare Psychopathy Checklist que é usado clinicamente para diagnosticar a psicopatia que acessa quatro importantes dimensões dessa doença mental: procuram parecer agradáveis, simpáticos e preocupados com os demais; comportamentos manipuladores; um sentimento de que são importantes e grandiosos, sem qualquer relação com a realidade e mentir patologicamente, que é o comportamento que usualmente “entrega” os psicopatas adultos. As crianças e jovens adolescentes saem mal neles.

Os pesquisadores observaram 700 crianças no seu quotidiano, concluindo que 684 exibiam esses comportamentos num, nível considerado sério. Outros comportamentos, que caracterizam as desordens anti-sociais estavam presentes: violência, incapacidade de planejar, pouco controle de seus próprios impulsos e, quando seus desejos não eram satisfeitos, tantrums (como se jogar no chão e ficar dando murros ou batendo com a cabeça no assoalho).

É um vale-tudo. Cansam rapidamente de uma coisa e passam para outra, mas a única preocupação é consigo. Mateo também afirmou que as crianças tinham uma capacidade limitada de aceitar a culpa e expressá-la e que não iam mais alem de um pedido insincero de desculpas, que raramente era espontâneo e tinham que ser “extraídos”.

A preocupação de Mateo é com os danos que esses comportamentos causam a outras crianças e a adultos. As avós seriam especialmente suscetíveis aos comportamentos manipuladores de nossos pequenos sociopatas.

É possível ver que essa pesquisa causou celeuma. Se, por um lado, ninguém duvida de que as crianças sejam diferentes dos adultos, nosso amor pelas crianças da família, particularmente filhos e filhas e netos e netas nos impede de observar objetivamente seu comportamento. Numa creche ou num orfanato, esses comportamentos são observáveis e claros – a violência é comum. Impera a lei do mais forte.

As reações foram variadas, mas quase sempre negativas. Evidentemente, os que acreditam que as crianças nascem puras e se “prostituem” ou deterioram a partir da infância têm uma visão oposta: a socialização adulta corrompe a pureza infantil e transforma anjinhos, que são as crianças, em monstros, que são os adultos.

Para outros, usando também dados de pesquisas físicas sobre a maturação cerebral (não nascemos com o cérebro completo: ele vai se desenvolvendo), é um processo biológico com profundas implicações sociais e criminais. A interrupção da maturação do cérebro é que explicaria a proclividade de adolescentes e jovens adultos a comportamentos delinqüentes e criminais.

A psicologia social e a sociologia também vêem esses comportamentos, mas definem suas mudanças como aprendidas. Autocontrole (por exemplo: da violência) seria aprendido. O crime e a delinqüência resultariam dos fracassos na aprendizagem.

Admito que, quando temos filhos e netos, consideramos esses resultados difíceis de digerir e até de serem analisados imparcialmente.

É uma área explosiva do conhecimento. Afinal, redefinir nossos filhos e netinhos como sociopatas é, primeiro, ofensa e, depois, possível verdade científica.

Converse com seus filhos e filhas

Estabelecer uma comunicação, honesta e direta, com seus filhos e filhas, mesmo quando o comportamento deles deixe a desejar, é muito importante para o bem deles e o seu também. Filhos deprimidos, filhos drogados, precisam de alguém para conversar e aconselhá-los, não apenas censurá-los. Estabelecer limites, dar obrigações, exigir respeito e cumprimento de obrigações escolares e da vida são muito importantes, particularmente para evitar que seus filhos e filhas experimentem além do saudável. A comunicação é útil e necessária inclusive quando eles usam drogas.
É muito mais fácil prevenir e evitar do que recuperar um drogado.
Desenvolva o bom hábito de conversar com seus filhos e filhas todos os dias. El@s precisam saber que podem contar com o bom-senso, conselho, apoio e amizade e não apenas limitações, censuras e, pior, pancadas. A comunicação com filh@s se estabelece desde cedo. Os pais devem ser as pessoas com quem filh@s se comunicam quando precisam. Essa interação constante ensina você e parceir@ a compreender bem seus filhos.
Se um deles desenvolver problemas com cigarros, bebida ou drogas, será mais fácil que busque vocês se os canais de comunicação estiverem abertos e as comunicações forem freqüentes. Entenda que comunicação boa e freqüente não é sinônimo de perda da autoridade paterna ou materna, nem de adoção de uma política permissiva, sem limites nem obrigações.
No que concerne bebidas alcoólicas e drogas (que se correlacionam com o fracasso escolar, a depressão e o suicídio) é importante que a fonte de informação seja fidedigna e que não busquem coleguinhas dele ou dela para perguntar o que eles não sabem, mas que responderão, muitas vezes com chavões muito prejudiciais. Não há razão para terrorismo nem para passar informações falsas do lado conservador. A realidade já é aterrorizante, sem precisar de exageros que desmoralizam quem os relata.
Essa recomendação – fale com os filhos – supõe que você, como pai ou mãe, supere algumas de suas próprias limitações.Talvez você não tenha o conhecimento necessário para instruir seus filhos a respeito dos males do alcoolismo e das drogas, assim como da delinqüência. Tente adquirir esse conhecimento e/ou direcionar seu filho ou filha para quem o tenha. Nós, pais, não nascemos feitos – temos que nos preparar para sermos pais e mães.
O objetivo dessa conversa minha com vocês é salientar que ser pai ou mãe requer treinamento e preparação. Infelizmente, parte muito grande da população age como se ser bom pai ou mãe faça parte da ordem natural das coisas, que a gente nasce com essas qualidades. Não nasce não.
Temos que nos preparar. Em qualquer nível, desde analfabeto até professor universitário com doutorado e tudo, TODOS podemos aprender e melhorar. Podemos e devemos. Assim, leia, busque informações, aprenda e, sobretudo, converse com seus filhos e filhas.

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Converse com seus filhos e filhas

Estabelecer uma comunicação, honesta e direta, com seus filhos e filhas, mesmo quando o comportamento deles deixe a desejar, é muito importante para o bem deles e o seu também. Filhos deprimidos, filhos drogados, precisam de alguém para conversar e aconselhá-los, não apenas censurá-los. Estabelecer limites, dar obrigações, exigir respeito e cumprimento de obrigações escolares e da vida são muito importantes, particularmente para evitar que seus filhos e filhas experimentem além do saudável. A comunicação é útil e necessária inclusive quando eles usam drogas.
É muito mais fácil prevenir e evitar do que recuperar um drogado.
Desenvolva o bom hábito de conversar com seus filhos e filhas todos os dias. El@s precisam saber que podem contar com o bom-senso, conselho, apoio e amizade e não apenas limitações, censuras e, pior, pancadas. A comunicação com filh@s se estabelece desde cedo. Os pais devem ser as pessoas com quem filh@s se comunicam quando precisam. Essa interação constante ensina você e parceir@ a compreender bem seus filhos.
Se um deles desenvolver problemas com cigarros, bebida ou drogas, será mais fácil que busque vocês se os canais de comunicação estiverem abertos e as comunicações forem freqüentes. Entenda que comunicação boa e freqüente não é sinônimo de perda da autoridade paterna ou materna, nem de adoção de uma política permissiva, sem limites nem obrigações.
No que concerne bebidas alcoólicas e drogas (que se correlacionam com o fracasso escolar, a depressão e o suicídio) é importante que a fonte de informação seja fidedigna e que não busquem coleguinhas dele ou dela para perguntar o que eles não sabem, mas que responderão, muitas vezes com chavões muito prejudiciais. Não há razão para terrorismo nem para passar informações falsas do lado conservador. A realidade já é aterrorizante, sem precisar de exageros que desmoralizam quem os relata.
Essa recomendação – fale com os filhos – supõe que você, como pai ou mãe, supere algumas de suas próprias limitações.Talvez você não tenha o conhecimento necessário para instruir seus filhos a respeito dos males do alcoolismo e das drogas, assim como da delinqüência. Tente adquirir esse conhecimento e/ou direcionar seu filho ou filha para quem o tenha. Nós, pais, não nascemos feitos – temos que nos preparar para sermos pais e mães.
O objetivo dessa conversa minha com vocês é salientar que ser pai ou mãe requer treinamento e preparação. Infelizmente, parte muito grande da população age como se ser bom pai ou mãe faça parte da ordem natural das coisas, que a gente nasce com essas qualidades. Não nasce não.
Temos que nos preparar. Em qualquer nível, desde analfabeto até professor universitário com doutorado e tudo, TODOS podemos aprender e melhorar. Podemos e devemos. Assim, leia, busque informações, aprenda e, sobretudo, converse com seus filhos e filhas.

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