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Efeitos da Lei Seca na Austrália

Em Newcastle, na província de New South Wales, a violência pessoal caiu 37% devido a restrições no horário de funcionamento dos bares. Fechar os estabelecimentos mais cedo foi uma política pública em resposta à violência relacionada ao alcoolismo, que era alta, segundo Kypros Kypri, o pesquisador responsável (da Universidade de Newcastle). Devido aos hábitos australianos os horários “reduzidos” seriam muito tardios em outras sociedades. Usando mapeamento das ocorrências verificaram que 14 bares (pubs) estavam próximos à epidemia de brigas e violências. Com base nos relatórios de ocorrências policiais, concluíram que os casos de violência baixaram de 99 para 67 por trimestre. As ocorrências conflitivas e violentas depois das três da madrugada experimentaram uma redução de 2/3 ao passo que entre dez da noite e três da madrugada a baixa foi de 25%.

Kypri testou a hipotese do deslocamento espacial que preconiza que as ocorrências não diminuíram, simplesmente mudaram de local. Os dados não apóiam essa hipótese – elas baixaram e não houve compensação em outras áreas. Kypri se perguntou, como não poderia deixar de fazer, quantas violências e mortes seriam evitadas se o fechamento fosse às duas da manhã.

Escrito por Gláucio Soares.

Fonte: número de 15 de Setembro de Addiction.

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Parcerias derrubam o número de mortos e feridos

Um programa exitoso de controle da violência nas ruas e estradas aconteceu (e continua acontecendo) em Northamptonshire, chamado de Northamptonshire Casualty Reduction Partnership. Em 2009, essa parceria conseguiu reduzir as mortes veiculares ao nível mais baixo da sua história estatística, que começou tarde, em 1960. Usaram um índice chamado de KSI (killed or seriously injured) e constataram uma redução de 49% desde a média de 1994 a 1998. Esse período, 1994 a 1998, foi usado como referência pelo governo: os ganhos seriam medidos a partir daqueles anos. Decompondo os ganhos, vemos que em 2009, morreram 34 pessoas (no ano inteiro), que representam uma redução de 29% em relação ao período tomado como base;

Usando o KSI, a redução foi de 10% em relação ao ano anterior e de 49% em relação ao período-base.

Esse plano governamental incluía metas e uma delas era uma redução mínima de 40% no número de KSI, desde o início até o fim de 2010.

Mas os ganhos não foram apenas nos KSI, porque os ferimentos leves também diminuíram – 33%.

A Casualty Reduction Partnership inclui várias agências: a polícia, a Câmara dos Vereadores, as secretarias de Saúde e de Transportes, o Poder Judiciário e os bombeiros.

A parceria, que salvou muitas vidas e evitou muitos ferimentos, proporciona informações mais detalhadas pela internet:

Escrever para Kate Barrett, kate.barrett@northants.police.uk

Bons Governos Salvam Vidas!

Escrito por Gláucio Soares

Eleições criminais

Recebi do Jorge Zaverucha

folha de sp 5 set 2010

JANIO DE FREITAS

Eleições criminais


Não há motivo para supor que das investigações resultarão consequências exigidas pelas leis


OS FATOS e os não-fatos já mencionados, em torno de dados sigilosos de pessoas ligadas a José Serra, não exigem imparcialidade virtuosa para a percepção de que, até agora, tanto poderiam proceder de um lado como de outro na disputa pela Presidência.
Assim como a petistas seria possível ocorrer a violação e o uso de sigilos para comprometer Serra, aliados de Serra poderiam pensar na montagem de um ardil para incriminar a candidatura de Dilma Rousseff. E, por ora, não se tem indício, com alguma confiabilidade, contra um lado ou outro. O que há, nesse sentido, são preferências infiltradas no noticiário e dando-lhe o tom, ainda que parte delas seja mais por precipitação do que por motivos eleitorais.
A última contribuição desse estranho personagem Antonio Carlos Atella Ferreira, que tanto perde na memória atos inesquecíveis como os recobra com rápida e fácil dubiedade, é ilustrativa do momento indefinido. “Vou fazer a vida com essa historinha”, lema que expôs logo ao ser identificado como parte do embrulho, é uma proclamação de caráter e intenções, para não dizer de objetivo de vida. A curiosidade se oferece: ainda não fez a vida?
A filiação de Atella ao PT traz para o caso mais uma peça amorfa, sujeita a questionamento: a Justiça Eleitoral. Como é possível que só seis anos depois da filiação o Tribunal Regional Eleitoral-SP a tenha “excluído” por incorreção no registro?
No intervalo 2003-2009, houve eleições para prefeito, governo do Estado, presidente da República e ainda para vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores. Em São Paulo, a maior concentração da Justiça Eleitoral no país não sabia quais filiações partidárias eram corretas ou não? Logo, não seria estranho haver irregulares entre os candidatos e até entre os eleitos.
E quanto a Atella Ferreira, como e por que veio a saber da incorreç ão, afinal? Descoberta havida em momento tão propício para engrossar o caso, dois meses depois da quebra do sigilo de Verônica Serra em que é coautor, com o próprio nome a indicá-lo na fraude. A Justiça Eleitoral deve explicações.
Desde 1982, quando o SNI, o candidato Moreira Franco, integrantes do departamento de jornalismo da Globo e a empresa de informática Proconsult se uniram para fraudar a eleição no Estado do Rio, as eleições brasileiras são terreno de bandidismo eleitoral, do mais ordinário ao mais grave. Todos os episódios provocaram inquéritos de polícias estaduais e da Federal, do Ministério Público, da Justiça Eleitoral e da Justiça Criminal. Nenhum, jamais, levou a alguma das consequências determinadas pelas leis.
Estamos diante de mais um caso. Cercado de suspeições e hipóteses viáveis, em diferentes sentidos. Com toda a certeza, recheado de crimes graves, inclusive contra preceito da Constituição. M as não há motivo para supor que das várias investigações resultarão as consequências exigidas pelas leis. Eleições, aqui, misturam-se muito com outros propósitos e atividades.