Arquivo da categoria: necrópsia psicológica

Mortos que falam

Escrito para publicação no Correio Braziliense

 

A notícia é bombástica: em muitos casos podemos determinar a causa mortis sem necessidade de abrir o cadáver, da necrópsia! Arqueólogos e legistas sempre sonharam com isso; além do que a decisão de abrir o corpo de uma vítima de possível crime é traumatizante para a maioria dos familiares, responsáveis, que devem assinar a permissão.

Como? Com o uso de uma tecnologia tridimensional desenvolvida em Linkoping, na Suécia. Como é feito esse exame?

Em etapas. Primeiro, o corpo passa por uma tomografia computarizada rápida, que dura perto de três segundos. Rápida, sim, mas gera seis gigas de informações. Os pesquisadores, usualmente em função relacionada com a perícia criminal, olham esses dados quantas vezes quiserem. É o que afirma o Dr. Persson, pesquisador principal.

Fazem novos exames que permitem ver mais e melhor; voltam ao corpo e aos dados quantas vezes quiserem; diferente das necrópsias porque quando algo é esquecido ou omitido, há necessidade de reiniciar o processo, reabrindo o corpo e tudo o mais. Não é mágica, mas simplifica muito o trabalho de patologistas e peritos; reduz os mistérios de como a pessoa morreu e serve aos vivos também. Permite contornar as dificuldades de origem religiosa pois judeus e muçulmanos não aceitam com facilidade a necropsia, que é vista como violação do cadáver.  

Essa tecnologia torna a pele transparente. E os peritos podem olhar os músculos, buscar bolhas e outros repositórios de ar. Segundo ele, o que essa tecnologia permite ver – e as necropsias tradicionais não permitem – torna possível que os mortos “falem”. Houve casos nos que não havia suspeita de crime, mas o exame revelou fraturas fora do comum, em lugares que raramente são examinados. Pinçando um caso, Persson lembra: era homicídio e as pesquisas e investigações posteriores o confirmaram.

Essa tecnologia é promissora em outras áreas, além da criminal. Segundo Persson, estão diagnosticando melhor as doenças, inclusive quais afligiam em vida os que agora estão mortos. Podem ver claros sinais de Alzheimer’s no cérebro, podem ver esclerose múltipla, podem contribuir para o diagnóstico de doenças do coração e de todo o sistema cardiovascular.

Persson é poético quando diz que a tecnologia dá voz aos mortos e esperança aos vivos. Entusiasmado, argumenta que o ensino da medicina ficará mais fácil e mais exato. Estudantes não necessitarão de mais de cadáveres e mais cadáveres: aprendizagem sem cadáveres, o sonho de muitos, particularmente dos mais sensíveis cujas especialidades não exigirão esse treinamento. E as equipes cirúrgicas saberão muito mais a respeito do paciente antes de operar, evitando erros.

Com essa novidade, surgiu uma nova palavra, a virtopsy. Que usa tomografias computarizadas e ressonância magnética. Abre caminho para o trabalho em equipe à distância! Com o uso da internet, imagens e arquivos podem ser enviados a especialistas em qualquer parte do planeta. Num julgamento, pesquisadores especialistas e laboratórios especializados poderão participar da análise da massa de dados que lhes for enviadas, reconstruindo o cadáver em seus mínimos detalhes nos seus próprios computadores. A despeito de investimentos iniciais pesados, o grande inconveniente da participação de técnicos e especialistas que residem longe do local do julgamento, que é a necessidade de abandonarem suas vidas e seus quotidianos durante dias ou semanas, fica muito reduzido, uma vez que o tempo necessário passa a ser de horas e pode ser feito do seu escritório, laboratório ou residência. Em alguns anos, um julgamento no interior de Rondônia ou do Piauí poderá contar com a participação de técnicos de outros lugares, eletronicamente presentes, aptos a contribuir para que a melhor justiça seja feita.

A necropsia virtual não é um conceito novo. A “reconstrução” feita por legistas e peritos forenses é um conceito antigo. Agora usam métodos visuais, a partir da tomografia computarizada, da ressonância magnética, das biopsias orientadas pelas imagens, pela angiografia e outros recursos. A integração desses recursos é que reduziu custos e possibilitou saber mais. Não foi tarefa fácil, integrar tipos diferentes de imagens. Idéia antiga, técnica recente, mérito de Richard Dirnhofer, de Berna e da sua equipe. Pessoalmente, acredito que, como acontece com muita freqüência, uma idéia criativa, original, se difunde rapidamente e outras pessoas – muitas – contribuem para melhorá-la. O futuro pode estar mais próximo do que pensávamos.

 

GLÁUCIO SOARES   IESP-UERJ

 

As Mortes no Trânsito e Nós

As mortes no trânsito são um problema mundial. Cada ano o trânsito mata mais de um milhão de pessoas. Nosso cacoete estatista nos faz pensar que todo programa de saúde pública tem que ser estatal. Não é verdade, sendo muitos os exemplos bem sucedidos de iniciativas pessoais e grupais que conduziram a programas que salvaram muitas vidas.

Uma das maneiras de salvar vidas é treinar os que atendem as vítimas. O Oriente Médio tem a segunda mais alta taxa de mortalidade no trânsito no mundo. No Egito morrem mais de sete mil todos os anos. Um exemplo que mostra como cada um de nós pode fazer muita diferença é o do Dr. Jon Mark Hirshon da Universidade de Maryland. Ele transforma médicos e enfermeiras comuns em especialistas no diagnóstico e no atendimento inicial das vítimas de trauma. Somente no Egito treinou mais de quatrocentos. Atualmente, incluiu o Iraque, o Irã, o Sudão e o Afeganistão no seu programa. O programa de Hirshon não diminui os acidentes, mas reduz as suas vítimas. Como seus projetos deram certo, ele recebeu uma doação da Fundação Fogarty, australiana, criando o International Collaborative Trauma and Injury Research Training. E está salvando mais vidas.

Um dos problemas que encontrou estava enraizado na cultura. Uma pesquisa mostrou que os pedestres são a maioria das vítimas. Aliás, a participação de pedestres no total das vítimas indica o “atraso” na cultura do trânsito. Quanto maior, mais atrasada é a cultura. No Egito, a participação dos pedestres nos mortos no trânsito é de cerca de 75%. Sete a oito de cada dez mortos são pedestres. Os dados mostram que os pedestres também devem ser conscientizados, educados e treinados.

O fatalismo é um inimigo poderoso. Ensina que “acidentes” são aleatórios e inevitáveis. Vão acontecer, mas ninguém pode saber onde, quem, como etc. Fazer com que tanto governantes quanto a população os considerem como previsíveis e evitáveis é um passo necessário. Um survey demonstrou que até os jovens educados compartiam as noções primitivas de fatalismo, de imprevisibilidade e de inevitabilidade, mas havia uma abertura para a mudança: valorizavam a pesquisa empírica e cientifica. Era por aí! Como em outros casos, a mudança começa no alto da pirâmide educacional e vai sendo filtrada (e modificada) no caminho para a base, mas as melhorias são sensíveis, a despeito de filtros e distorções. Os grupos focais revelaram que os jovens egípcios que, inicialmente, aderiam aos mitos “do destino” e da inevitabilidade, se abriram à linguagem da ciência e aceitaram a previsibilidade e a prevenção.

As ONGs podem e devem participar de campanhas para reduzir a violência no trânsito. A MADD, Mothers Against Drunk Driving, começou com algumas mães que haviam perdido seus filhos e filhas no trânsito, é um exemplo. Dirigir bêbado é crime sério nos Estados Unidos, em parte devido aos esforços dessa organização voluntária. O caso de Eduardo Raul Morales-Soriano, um imigrante ilegal que dirigia com um nível de álcool no sangue que era quatro vezes o permitido é paradigmático. Atingiu um carro parado no sinal e matou os dois ocupantes. Foi condenado a dez anos, mostrando a importância de uma legislação e da sua aplicação efetiva para reduzir a violência através de condenações. Mostra, também, os problemas derivados do contato entre sub-culturas com posturas diferentes em relação ao álcool e ao que significa dirigir um carro bêbado. Podem ser pessoas de diferentes partes do mesmo país ou de diferentes classes sociais ou nacionalidades. No Distrito Federal, constatamos uma taxa de colisões violentas muito maior entre os que portavam carteiras de Goiás do que entre os habilitados no próprio D.F.

Hoje há uma conscientização a respeito dos perigos, para si e para outros, de dirigir bêbado e de que fazê-lo é uma safadeza de irresponsáveis. A ação de MADD não se limitou a campanhas educativas: MADD também é um grupo de pressão – sobre o Legislativo e as Assembléias Estaduais, para que os códigos do trânsito sejam endurecidos e efetivamente aplicados. Em alguns países as leis são duras, mas não são aplicadas e não há efeito dissuasório. E mais pessoas morrem.

Mundo afora, o alcoolismo é a principal causa de mortes no trânsito. Nos Estados Unidos, o país com a mais antiga e, numericamente, maior experiência automobilística, em 2006, as colisões com um componente de alcoolismo ainda representavam 41% do total. Um programa exitoso mostra aos motoristas as suas vítimas e patrocina reuniões obrigatórias com os parentes das vítimas. Em vinte anos, as mortes devidas ao alcoolismo caíram pela metade nos Estados Unidos.

Há muitas maneiras de reduzir a mortalidade no trânsito. Ralph Nader se notabilizou pelas campanhas em favor de produtos seguros, sobretudo carros. Juntamente com empresas como a Volvo, suas campanhas fizeram os carros muito mais seguros. Reduziram as colisões e, em caso de colisões, o número de mortes e feridos. A Volvo é uma das empresas lideres no mundo na área de segurança dos automóveis que produz.

Houve, no Brasil, campanhas exitosas. No Distrito Federal, a Paz no Trânsito, que incluiu um Fórum Permanente, reduziu a taxa de mortos por dez mil veículos à metade em quatro anos. Um cálculo estima em mil o número de vidas salvas. O Governador Cristovam Buarque apoiou e, até certo ponto, encampou a campanha. O ponto mais alto foi A Marcha pela Paz no Trânsito, com mais de 25 mil pessoas vestidas de branco protestando silenciosamente pelas principais vias da cidade.

Qualquer um pode salvar vidas. Tem jeito!

Versão anterior publicada no Correio Braziliense.

Gláucio Soares

A construção da necrópsia psicológica

Necrópsia Psicológica é um conceito usado em pesquisas sobre o suicídio (mas pode ser aplicada a outras mortes). Usualmente é erroneamente chamado de psychological autopsy. O Los Angeles Medical Examiner’s Office teria sido a primeira instituição a usar esse termo, em 1977.
É necrópsia porque a pessoa estudada já faleceu. É uma tentativa de reconstruir a personalidade do falecido, suas interações sociais, com freqüência objetivando identificar a causa mortis. Não há, ainda, regras estabelecidas para serem seguidas. Se diferencia de todas as demais técnicas porque o sujeito faleceu e não pode responder a perguntas. Usualmente se busca preencher um formulário sobre a vítima, seja através da necrópsia propriamente dita, seja através de entrevistas com pessoas que a conheciam, seja através de provas técnicas.


Para fins de orientação (e, do nosso ponto de vista, como pesquisadores) um formulário vai sendo preenchido por diversas fontes:

  • histórico de uso de drogas e de bebidas alcoólicas;
  • religião e religiosidade, assim como crenças religiosas ou místicas
  • vida estressante;
  • problemas para lidar com estresse;
  • histórico médico do suicida;
  • histórico médico da família do suicida;
  • situações recentes de estresse;
  • histórico militar do suicida;
  • histórico policial do suicida;
  • histórico ocupacional;
  • histórico educacional;
  • histórico sexual;
  • hábitos alimentares;
  • relações interpessoais (podem ser centrais ou não)
  • escritos do suicida (cartas deixadas, correspondência, poemas, diários etc.)
  • livros e música de propriedade do suicida;
  • web sites visitados pelo suicida;
  • telefonemas e outras comunicações do suicida, sobretudo as mais recentes com parentes, parceir@s, amig@s, pessoas relevantes como professor@s;
  • outras atividades importantes como hobbies e esportes;
  • obesidade;
  • inimigos, tanto antigos quanto recentes;
  • reações e descrições das pessoas mencionadas acima à morte, particularmente no que concerne o meio usado, avisos e ameaças;
  • avaliação do papel do suicida – inclusive ações e comunicações sub-intencionais, intenções ocultas e/ou inconscientes;
  • fantasias, sonhos, desejos, pensamentos, visões, medos, fobias;
  • mudanças de humor;
  • estado mental;
  • capacidade de se concentrar e tomar decisões acertaas
  • sequência de eventos que conduziram ao desfecho, não apenas no dia do suicídio.

Essa lista é parcial e inclui muitas condições que estão entre as relacionadas com suicídios e suas tentativas. Nenhuma lista para a “necrópsia psicológica” é estática. Ela vai se ampliando em resposta às pesquisas e ao aumento do conhecimento sobre o suicídio. Mudanças na sociedade devem ser incluídas – por exemplo, o estudo das interações do suicida, hoje, seria incompleto sem a internet.

Powered by ScribeFire.

Construção da necrópsia psicológica

Necrópsia Psicológica  é um conceito usado em pesquisas sobre o suicídio (mas pode ser aplicada a outras mortes). Usualmente é erroneamente chamado de psychological autopsy. O Los Angeles Medical Examiner’s Office teria sido a primeira instituição a usar esse termo, em 1977.
É necrópsia porque a pessoa estudada já faleceu. É uma tentativa de reconstruir a personalidade do falecido, suas interações sociais, com freqüência objetivando identificar a causa mortis. Não há, ainda, regras estabelecidas para serem seguidas. Se diferencia de todas as demais técnicas porque o sujeito faleceu e não pode responder a perguntas. Usualmente se busca preencher um formulário sobre a vítima, seja através da necrópsia propriamente dita, seja através de entrevistas com pessoas que a conheciam, seja através de provas técnicas.  

    Para fins de orientação (e, do nosso ponto de vista, como pesquisadores) um formulário vai sendo preenchido por diversas fontes:

  • histórico de uso de drogas e de bebidas alcoólicas;
  • religião e religiosidade, assim como crenças religiosas ou místicas
  • vida estressante;
  • problemas para lidar com estresse;
  • histórico médico do suicida;
  • histórico médico da família do suicida;
  • situações recentes de estresse;
  • histórico militar do suicida;
  • histórico policial do suicida;
  • histórico ocupacional;
  • histórico educacional;
  • histórico sexual;
  • hábitos alimentares;
  • relações interpessoais (podem ser centrais ou não)
  • escritos do suicida (cartas deixadas, correspondência, poemas, diários etc.)
  • livros e música de propriedade do suicida;
  • web sites visitados pelo suicida;
  • telefonemas e outras comunicações do suicida, sobretudo as mais recentes com parentes, parceir@s, amig@s, pessoas relevantes como professor@s;
  • outras atividades importantes como hobbies e esportes;
  • obesidade;
  • inimigos, tanto antigos quanto recentes;
  • reações e descrições das pessoas mencionadas acima à morte, particularmente no que concerne o meio usado, avisos e ameaças;
  • avaliação do papel do suicida – inclusive ações e comunicações sub-intencionais, intenções ocultas e/ou inconscientes;
  • fantasias, sonhos, desejos, pensamentos, visões, medos, fobias;
  • mudanças de humor;
  • estado mental;
  • capacidade de se concentrar e tomar decisões acertadas
  • sequência de eventos que conduziram ao desfecho, não apenas no dia do suicídio.
  • Essa lista é parcial e inclui muitas condições que estão entre as relacionadas com suicídios e suas tentativas. Nenhuma lista para a “necrópsia psicológica” é estática. Ela vai se ampliando em resposta às pesquisas e ao aumento do conhecimento sobre o suicídio. Mudanças na sociedade devem ser incluídas – por exemplo, o estudo das interações do suicida, hoje, seria incompleto sem a internet.

    Powered by ScribeFire.

    Construção da necrópsia psicológica

    Necrópsia Psicológica  é um conceito usado em pesquisas sobre o suicídio (mas pode ser aplicada a outras mortes). Usualmente é erroneamente chamado de psychological autopsy. O Los Angeles Medical Examiner’s Office teria sido a primeira instituição a usar esse termo, em 1977.
    É necrópsia porque a pessoa estudada já faleceu. É uma tentativa de reconstruir a personalidade do falecido, suas interações sociais, com freqüência objetivando identificar a causa mortis. Não há, ainda, regras estabelecidas para serem seguidas. Se diferencia de todas as demais técnicas porque o sujeito faleceu e não pode responder a perguntas. Usualmente se busca preencher um formulário sobre a vítima, seja através da necrópsia propriamente dita, seja através de entrevistas com pessoas que a conheciam, seja através de provas técnicas.  

        Para fins de orientação (e, do nosso ponto de vista, como pesquisadores) um formulário vai sendo preenchido por diversas fontes:

  • histórico de uso de drogas e de bebidas alcoólicas;
  • religião e religiosidade, assim como crenças religiosas ou místicas
  • vida estressante;
  • problemas para lidar com estresse;
  • histórico médico do suicida;
  • histórico médico da família do suicida;
  • situações recentes de estresse;
  • histórico militar do suicida;
  • histórico policial do suicida;
  • histórico ocupacional;
  • histórico educacional;
  • histórico sexual;
  • hábitos alimentares;
  • relações interpessoais (podem ser centrais ou não)
  • escritos do suicida (cartas deixadas, correspondência, poemas, diários etc.)
  • livros e música de propriedade do suicida;
  • web sites visitados pelo suicida;
  • telefonemas e outras comunicações do suicida, sobretudo as mais recentes com parentes, parceir@s, amig@s, pessoas relevantes como professor@s;
  • outras atividades importantes como hobbies e esportes;
  • obesidade;
  • inimigos, tanto antigos quanto recentes;
  • reações e descrições das pessoas mencionadas acima à morte, particularmente no que concerne o meio usado, avisos e ameaças;
  • avaliação do papel do suicida – inclusive ações e comunicações sub-intencionais, intenções ocultas e/ou inconscientes;
  • fantasias, sonhos, desejos, pensamentos, visões, medos, fobias;
  • mudanças de humor;
  • estado mental;
  • capacidade de se concentrar e tomar decisões acertadas
  • sequência de eventos que conduziram ao desfecho, não apenas no dia do suicídio.
  • Essa lista é parcial e inclui muitas condições que estão entre as relacionadas com suicídios e suas tentativas. Nenhuma lista para a “necrópsia psicológica” é estática. Ela vai se ampliando em resposta às pesquisas e ao aumento do conhecimento sobre o suicídio. Mudanças na sociedade devem ser incluídas – por exemplo, o estudo das interações do suicida, hoje, seria incompleto sem a internet.

    Powered by ScribeFire.

    Necrópsia psicológica: alcoolismo e suicídios de jovens

    Um grupo de pesquisadores da Universidade de Sevilla, Giner et al, fizeram uma pesquisa com análise de conteúdo em artigos que respondiam aos descritores "autópsia psicológica", "adolescentes" e "menores de 0 a 18 anos" .  Quarenta artigos tinham esses descritores. As pesquisas nas quais esses estudos se basearam indicaram alta prevalência de alcoolismo entre as vítimas, de 21% a 43%. Eram todos menores de 20 anos. Havia três categorias de alcoolismo: crônico, agudo e dependência. Esses resultados indicam que muitos suicídios de jovens passam pelo alcoolismo, que gera ou agrava a suicidalidade.

    Giner L. Int J Adolesc Med Health. 2007 Jan-Mar;19(1):99-113..

    Para estudos e notícias sobre a relação entre alcoolismo e suicídios, clique nos seguintes pôsteres:
    A legalização das drogas e o aumento dos suicídios em Portugal
    O bom funcionamento do nosso cérebro
    O alcoolismo das mães e a Síndrome Fetal Alcoólica
    Consumo de álcool e Suicídio em Portugal
    http://suicidiopesquisaeprevencao.blogspot.com/2006/12/consumo-de-lcool-e-suicdio-em-portugal.html
    Um testemunho
    A redução dos suicídios em Bogotá