Arquivo da tag: A VIOLÊNCIA NO NORDESTE

Como ler dados de pesquisas sobre suicídios, doenças, crimes e tudo o mais

É preciso saber ler dados para poder saber o que as pesquisas revelam. Ninguém nasce sabendo. É possível aprender em qualquer idade. Entre para a Escola de Dados. É grátis e em Português.

A inscrição é em

http://escoladedados.org/

 

um abraço

 

GLÁUCIO SOARES        IESP/UERJ

Disque Denúncia fundamental na prisão de assaltantes

RECEBI DO ZECA BORGES:

 

 

PM prendeu o terceiro suspeito de participar de crimes em Niterói

o grupo roubou carros, agrediu motoristas e invadiu casa e atirou contra polícia.

A prisão foi feita no Morro do Preventório com informação do Disque-Denúncia.

 

GLÁUCIO SOARES              IESP/UERJ

EXPLOSÃO DOS HOMICÍDIOS NA VENEZUELA

O Observatório Venezuelano da Violência informa que o  número de homicídios no país atingiu novo recorde. Na média, 53 pessoas são mortas por dia. No total, quase vinte mil mortos no ano, computando, claro, apenas os que chegaram ao conhecimento das autoridades. A taxa venezuelana, de 67 por 100 mil habitantes, é a mais alta da América Latina. É mais do dobro da taxa colombiana, país marcado pelas guerras da narcoguerrilha, e mais de quatro vezes a mexicana, país também marcada pela violência do narcotráfico. O que deixa os pesquisadores desorientados é que a Venezuela não é um país que produza a pasta, que a refina, nem é um dos grandes exportadores.

O governo da Venezuela não reconhece toda a extensão da violência: em Fevereiro do ano passado, o Ministro do Interior, Tarek El Aissami informou o congresso que a taxa era de 48 por cem mil. Já seria alta, mas é bem mais do que ele informou.

Por mais simpático que um observador possa ser em relação às reformas sociais de Chávez, a associação estatística com o seu governo é sugestiva. Em 1999, quando Chávez chegou ao poder, houve 4.550 homicídios no país.  Hoje são mais de quatro vezes esse total.

As explicações passam por quatro tipos de dados com diferentes graus de confiabilidade: em primeiro lugar,  é alto o número de armas de fogo; em segundo, a impunidade é alta porque uma percentagem ínfima dos crimes chega à condenação; em terceiro lugar, a polícia não evoluiu tecnicamente e os militares, que não foram treinados para combater o crime, são atores relevantes no débil e incompetente combate ao crime; finalmente, o personalismo chavista significa ausência de padrões eficientes de governo. É um claro contraste com o que aconteceu na Colômbia e com o que vem acontecendo no Estado de São Paulo (e em muitos municípios paulistas) e, em grau menor e mais recentemente, no Estado do Rio de Janeiro.

 

GLÁUCIO SOARES             IESP/UERJ